terça-feira, 13 de novembro de 2012

Não tá morto quem peleia...


O resultado do último exame foi bom e ruim.
Explico...além da alteração no formato da cabeça do fêmur direito apareceu "retroversão acetabular bilateralmente", isto significa que, o acetábulo é mais profundo, tem uma maior cobertura. Em resumo, me deixa ainda mais predisposta a lesões nesta articulação.
A notícia boa é que não há evidências de lesões profundas na cartilgem. 
O médico receitou uma medicação chamada Artrodar por 6 meses. Esta medicação não regenera a cartilagem mas, nos casos iniciais alivia bastante as dores e pode interromper ou retadar o desgaste da articulação.
Fora isto, ficou também comprovado que tenho Síndrome de Piriforme no lado direito e no esquerdo em fase inicial, é quando o músculo piriforme que fica na região do glúteo começa a "enforcar" o nervo ciático. Já havia relatado num post anterior sobre as dores no glúteo, que aliás foi onde toda essa via crucis começou. Fiquei P...da vida quando soube que grande parte das minhas dores eram devido ao piriforme, pois o médico anterior havia descartado esta possibilidade, atrasando assim o tratamento e gerando uma série de dores e compensações.
O ortopedista atual indicou fisioterapia para analgesia do piriforme e depois alongamento da região. Já na primeira sessão senti um alívio enorme.
Sobre voltar a correr, a orientação era de que quando não tivesse mais dores poderia ir retomando gradativamente e concomitante realizar fortalecimento muscular procurando reduzir impacto no quadril. Proibiu uma série de exercícios como leg press, agachamento... Enfatizou que o ideal seria não correr mais que 8 kms de cada vez, já que minha anatomia definitivamente não permite corridas de longas distâncias. E orientou, a mesmo no caso de não voltar a sentir dores,  realizar, no máximo a cada 1 ano e meio, uma nova ressonância do quadril para ir acompanhando a situação da articulação.
Fiquei cerca de 2 semanas parada. No último feriado como já não sentia nenhuma dor, resolvi calçar os tênis.
Que felicidade!!! Poder estar de volta as ruas, suando, sentindo o vento bater no rosto, o coração acelerado... e põem acelerar nisso, rsrs. Parecia que ia sair pela boca. Minha respiração era tão ofegante que, a impressão que tinha, é que na outra esquina, ela poderia se escutada e o mais lamentável, tudo isso, correndo em velocidade de tartaruga, rsrsrs.
Fiquei inconformada em constatar que levei meses suando a camiseta para atingir um condicionamento rázoavel e em poucas semanas perdi boa parte dele.
Apesar de tudo, carregava um sorriso no rosto. Novamente a sensação de liberdade... terminar o treino sentindo a endorfina correndo nas veias, a respiração desacelar...
Neste primeiro dia, depois que o corpo esfriou, senti uma leve dor na lateral do quadril esquerdo, era tão leve que não me importei. No outro dia intensificou um pouco (eu ainda achando que era normal), no terceiro dia depois que o corpo esfriou estava mancando.
A fisioterapeuta disse que é muscular (o que no caso é menos mal), que não devia ter corrido por 3 dias seguidos. E achou um absurdo quando eu disse que estava retomando devagar, como haviamos combinado, que não havia corrido muito... o maior treino foi de 9 kms.
Resultado: mais uma semana parada...até o fortalecimento muscular foi suspenso.
Liberada apenas para caminhadas leves (argh!!!!) e natação.
Não achei nenhum lugar aqui em Passo Fundo que ofereça "deep running" e esta difícil até conseguir um horário para realizar natação.
Não posso ver ninguém correndo que tenho vontade de sair atrás. Nestas últimas semanas procurei nem olhar na internet as atualizações de sites e blogs de corrida que adoro para não atiçar ainda mais a minha vontade. Até sonhar com corrida já andei sonhando!
O que ando exercitando pra valer nestes últimos dias é a PACIÊNCIA!
Mas não desisto...não tá morto quem peleia! Este é um ditado usado aqui no Sul, que significa que nem tudo esta perdido para aquele que continua a lutar.