Não tá morto quem peleia...

O resultado do último exame foi bom e ruim.
Explico...além da alteração no formato da cabeça do fêmur direito apareceu "retroversão acetabular bilateralmente", isto significa que, o acetábulo é mais profundo, tem uma maior cobertura. Em resumo, me deixa ainda mais predisposta a lesões nesta articulação.
A notícia boa é que não há evidências de lesões profundas na cartilgem. 
O médico receitou uma medicação chamada Artrodar por 6 meses. Esta medicação não regenera a cartilagem mas, nos casos iniciais alivia bastante as dores e pode interromper ou retadar o desgaste da articulação.
Fora isto, ficou também comprovado que tenho Síndrome de Piriforme no lado direito e no esquerdo em fase inicial, é quando o músculo piriforme que fica na região do glúteo começa a "enforcar" o nervo ciático. Já havia relatado num post anterior sobre as dores no glúteo, que aliás foi onde toda essa via crucis começou. Fiquei P...da vida quando soube que grande parte das minhas dores eram devido ao piriforme, pois o médico anterior havia descartado esta possibilidade, atrasando assim o tratamento e gerando uma série de dores e compensações.
O ortopedista atual indicou fisioterapia para analgesia do piriforme e depois alongamento da região. Já na primeira sessão senti um alívio enorme.
Sobre voltar a correr, a orientação era de que quando não tivesse mais dores poderia ir retomando gradativamente e concomitante realizar fortalecimento muscular procurando reduzir impacto no quadril. Proibiu uma série de exercícios como leg press, agachamento... Enfatizou que o ideal seria não correr mais que 8 kms de cada vez, já que minha anatomia definitivamente não permite corridas de longas distâncias. E orientou, a mesmo no caso de não voltar a sentir dores,  realizar, no máximo a cada 1 ano e meio, uma nova ressonância do quadril para ir acompanhando a situação da articulação.
Fiquei cerca de 2 semanas parada. No último feriado como já não sentia nenhuma dor, resolvi calçar os tênis.
Que felicidade!!! Poder estar de volta as ruas, suando, sentindo o vento bater no rosto, o coração acelerado... e põem acelerar nisso, rsrs. Parecia que ia sair pela boca. Minha respiração era tão ofegante que, a impressão que tinha, é que na outra esquina, ela poderia se escutada e o mais lamentável, tudo isso, correndo em velocidade de tartaruga, rsrsrs.
Fiquei inconformada em constatar que levei meses suando a camiseta para atingir um condicionamento rázoavel e em poucas semanas perdi boa parte dele.
Apesar de tudo, carregava um sorriso no rosto. Novamente a sensação de liberdade... terminar o treino sentindo a endorfina correndo nas veias, a respiração desacelar...
Neste primeiro dia, depois que o corpo esfriou, senti uma leve dor na lateral do quadril esquerdo, era tão leve que não me importei. No outro dia intensificou um pouco (eu ainda achando que era normal), no terceiro dia depois que o corpo esfriou estava mancando.
A fisioterapeuta disse que é muscular (o que no caso é menos mal), que não devia ter corrido por 3 dias seguidos. E achou um absurdo quando eu disse que estava retomando devagar, como haviamos combinado, que não havia corrido muito... o maior treino foi de 9 kms.
Resultado: mais uma semana parada...até o fortalecimento muscular foi suspenso.
Liberada apenas para caminhadas leves (argh!!!!) e natação.
Não achei nenhum lugar aqui em Passo Fundo que ofereça "deep running" e esta difícil até conseguir um horário para realizar natação.
Não posso ver ninguém correndo que tenho vontade de sair atrás. Nestas últimas semanas procurei nem olhar na internet as atualizações de sites e blogs de corrida que adoro para não atiçar ainda mais a minha vontade. Até sonhar com corrida já andei sonhando!
O que ando exercitando pra valer nestes últimos dias é a PACIÊNCIA!
Mas não desisto...não tá morto quem peleia! Este é um ditado usado aqui no Sul, que significa que nem tudo esta perdido para aquele que continua a lutar.

Não devia, mas ...

Desde sexta-feira, graças ao uso dos anti-inflamatórios e a minha pausa nos treinos, as dores praticamente desapareceram.
Neste dia, estava tão angustiada que acabei  não me contendo e liguei para a  fisioterapeuta. Expliquei o resultado da última consulta com o ortopedista, muito tranquila ela afirmou que já imaginava e que agora era aguardar o resultado da ressonância do quadril para ver como iamos proceder.
Nem sei por que...talvez fosse mais um desabafo, resolvi dizer :_Tinha uma prova programada para domingo...
Percebi que ela ria e perguntou: Quantos quilômetros?
  _São 8kms.
  _"Vai!"
Quase não acreditei! Perguntei de novo: SÉRIO!?
  _Sério! Se vc não esta sentindo dores e prometer que qualquer coisa vai interromper a prova...
  _SIM!SIM!SIM!
  _Alessandra, o problema na articulação não vai se agravar por causa dessa prova, mas provávelmente, na ressonância que vai fazer segunda-feira, vão aparecer alguns processos inflamatórios gerados pelo esforço. Pelo menos, o médico vai saber que vc não pretende desistir de correr tão facilmente.
Meu dia que parecia uma televisão em preto e branco ganhou colorido diante deste aval.
Sábado de expectativa... não quis nem fazer um trote leve com medo que as dores voltassem.
Acordei domingo com aquele friozinho bom na barriga.
Maridão um pouco apreensivo... filhota me alertando "Mãe tudo bem se não ganhar troféu".
Eu só pensava: se perceber que não estou bem...paro! Até deixei para tomar o anti-inflamatório depois da prova para ter certeza de não mascarar qualquer dor
Dada a largada acelerei...não senti nenhuma dor... acelerei ainda mais...
Porém, 10 dias sem treinar logo começaram a cobrar a conta.
Estava em terceiro lugar, mas com cerca de 3 kms de prova fui ultrapassada, uma a uma, por três garotas. Nem tentei forçar, simplesmente não tinha fôlego pra isso.
Quando começou uma subida mais íngreme no km 5 sabia que se não as alcançasse ali, poderia esquecer qualquer reação. Consegui ultrapassar duas e forcei um pouquinho mais procurando me distânciar delas.
Faltando menos de 2kms para o final  arfava muuuito.
Comecei a pensar em parar, caminhar um pouco para recuperar o fôlego, era uma vontade tão grande, como nunca havia sentido.  Minha cabeça é sempre meu melhor aliado nestas horas, nunca me deixa na mão... lembrei da filhota que devia estar ansiosa me aguardando na  linha de chegada... pensei vou poder respirar com tranquilidade daqui a pouquinho, é só mais um pouquinho, vc pode!
Puxa! Cheguei exausta, muito exausta, mas tão feliz  de correr...correr...correr... até perder o ar.
Tenho certeza que Deus vem me permitindo tantas alegrias na corrida para que  possa encarar com otimismo os desafios que surgirem. SIM! SIM! SIM! Não vou desistir...

Quase chegando!

                                                              

 

Esta era a última etapa de um total de 4 provas de 8kms do Campeonato de Corridas de Rua de Passo Fundo.
Conclui essa prova com tempo de 38'20, cerca de 1 minuto a mais que a prova anterior.
4° lugar geral.
Mesmo não tendo participado da primeira etapa destas provas consegui o 4°lugar geral do campeonato.

Percebam que o pódio desta etape e do campeonato se repetiu...só mudou o troféu, rsrsrs.

Estou muito otimista para encarar os desafios dessa semana!



.

Impacto Fêmoro-acetabular.

Depois do último treino longo eu sabia que algo não ia bem.
As dores no glúteo voltaram...parecia que a cada dia uma dor nova surgia...dor na virilha, lateral do quadril...
Fiz repouso, acupuntura, diminui drasticamente o volume de treinos e nada das dores largarem do meu pé.
Não bastasse tudo isso,comecei a perceber que estava perdendo a amplitude do movimento das pernas, mesmo focando nos alongamentos. A fisioterapeuta suspendeu os alongamentos e encaminhou novamente para o ortopedista. Primeiro ele levantou a hipótese de que pudesse ser uma hérnia de disco, pois num RX anterior havia uma pequena alteração no espaço entre as vértebras L5 e S1.
Lá fui eu fazer ressonância magnética. Até vir o resultado, fiquei numa angústia só. Quando peguei o exame e vi que não havia nenhuma alteração fiquei tão feliz, que até cheguei acreditar  que o médico diria que estava tudo bem, e que era... sei lá...psicológico???? Rsrsrs.
Minha felicidade durou pouco... o exame da coluna de fato não evidenciava nenhum problema, mas então descartado problema na coluna o médico afirmou que deveria ser uma alteração no quadril e me encaminhou para um colega da mesma equipe médica. Outro ortopedista especializado em quadril e artroscopia.
A essa altura já haviam se passado quase duas semanas, uma infinidade de exames, uma série de reconsultas e nenhuma solução. Eu só pensando no quanto havia sido suado alcançar o condicionamento em que estava, e agora aquilo tudo rapidamente se perdendo...
Na consulta com o novo médico, ele que já estava a par da minha via crucis nas últimas semanas. Olhou minunciosamente os exames, realizou várias manobras no quadril e afirmou que se trata de "Impacto fêmoro-acetabular". É um problema congênito. No meu caso a cabeça do fêmur direito ao invés de ser esférica é um pouco mais ovalada de um dos lados, isso resulta num impacto entre a cabeça do fêmur e o acetábulo (borda da bacia).

 Durante atividades de impacto ocorre a colisão entre as estruturas, o que  leva ao destacamento da cartilagem que recobre o acetábulo e à lesão de sua borda fibro-cartilaginosa, que é o labrum.

O destacamento da cartilagem parece com o de um carpete solto, e é irreversível ou seja, uma vez que a cartilagem está danificada, não há como repará-la. Cerca de 80% dos casos de artrose no quadril são provinientes desse tipo de alteração.

No meu caso, o Rx não evidência alterações na cartilagem, e por isso o diagnóstico foi tão complicado, no entanto, o médico relatou que devido ao meu quadro geral, provavelmente houve lesão no labrum com estravasamento do líquido sinovial que lubrica a articulação, o que vem causando processos inflamatórios.

Diante das minhas perguntas e provávelmente já "alertado" pelo médico anterior ele disse que eu fosse "reduzindo ao máximo" as corridas. E em determinado momento comentou "Talvez fosse bom  começar a pensar na possibilidade de praticar outra atividade física. Isso é muito difícil para vc?" SIM! SIM! SIM!!!! nem sei se  disse a ele tantos sins...ou se eles soavam mesmo eram dentro da minha cabeça.

Falamos em  artroscopia que um método usado para "corrigir" a cabeça do fêmur. Mas primeiro é  preciso estudar a situação da articulação ( vou realizar, nova ressonância, desta vez do quadril) e acabar com as dores (prescreveu anti-inflamatório, relaxante muscular e fisioterapia). 
Alertou que  a artroscopia é feita só em último caso e que, mesmo assim, não há garantias de que se poderá praticar uma atividade de impacto.

A fisioterapeuta, alguns dias atrás, já havia me alertado sobre a possibilidade de ser este o problema, inclusive comentou que foi esta alteração que fez com que o Guga abandonasse precocemente o tênis. Até olhei alguma coisa na internet, mas não me identifiquei... Agora só vou encontra-la na semana que vem...fiz "trocentas" peguntas ao médico, mas depois de ler um pouco a respeito do assunto tenho mais um milhão de outras questões.

Ressonância do quadril agendada para segunda-feira... leva alguns dias para ficar pronto o resultado... reconsulta sexta-feira.

Paciência é o que preciso ter até lá...  pena que além do meu "defeito congênito no fêmur" eu também tenha nascido sem praticamente NADA de paciência, rsrsrs.

 

 

 

 

 

Recuperação pós treinos longos...

  Adoro treinos longos. Não só pelo desafio, ou por exigirem maior resistência física, como por toda preparação que os antecede. Gosto de ficar procurando percusos, me organizar quanto a suplementação e hidratação.
  No sábado passado(22/09), foram 24 kms. Mais da metade do trajeto feito em estrada de chão, com direito a piso bastante irregular, cheio de pedregulhos e buracos, e muuitíssimas ladeiras. Apesar do trajeto difícil o treino voou... o percurso era muito bonito. Fui acompanhada de mais três amigos, a conversa animada fez com que me mantivesse motivada o tempo todo e só senti um pouco mais de cansaço nos 3 últimos kms.
  Neste sábado (29/09), foram 25,5Kms. Desta vez, fui sozinha. Montei o trajeto com antecedência pela Webrun. Percurso em asfalto, com algumas subidas, mas mais tranquilo que o anterior. Como trajeto era mais fácil, planejei fazer num ritmo mais forte, em cerca de no máximo 5'30 por km.
  Esse longo muito mais que testar meu condicionamento físico, testou foi a minha tolerância mental, rsrsrs. Não é fácil permanecer motivada durante mais de 2h. percorrendo trajetos conhecidos, embaixo de uma forte chuva gelada. Talvez por estar sozinha e um pouco entediada, o cansaço chegou mais rápido. Com 18 kms já estava afim de dar meia volta e ir para casa. Mas sou muito cabeça dura, depois que me organizo para algo, só desisto se não tiver mesmo jeito.
  Parei um pouco...caminhei cerca de uma quadra... tomei mais um gel... procurei mentalizar o quanto ia me sentir feliz se conseguisse concluir o trajeto. Tinha dividido ele, na minha cabeça, em seis partes e pensava " agora faltam menos de DUAS!!!".
  Na tática do só mais um pouquinho, só mais um passinho... consegui concluir! Fiquei orgulhosa de mim, rsrsr.
  No outro dia, mesmo embuida de disposição, não consegui sair para correr, minha panturrilha direita doía, e achei melhor não forçar. Fiz gelo e realizei uma caminhada leve objetivando acelerar o processo de recuperação.
 Hoje fiz uma sessão de acupuntura, que já havia realizado em outras ocasiões e que ajuda a amenizar bastante as dores. Sem contar que continuo na "tortura" dos alongamentos ( como queria ser a mulher elástico, rsrsrs)

 Na semana anterior, depois do treino longo, não precisei reduzir meu volume de treino que esta em torno de 60kms, mas desta vez como senti mais, vou TENTAR pisar no freio até estar de fato "zerada".
  Nessas horas fico pensando na Rosália e na Elis com seus invejáveis volumes de treino...sei que não devo ser tão afoita. Com calma chego lá.
  Então DEUS dai-me paciência para ser comedida e principalmente livrai-me das lesões! rsrsrs

Encurtamento muscular.

Os exames que fiz devido as dores no glúteo não evidenciaram nenhuma lesão. Depois de uma minuciosa avaliação, foi observado encurtamento da musculatura ântero posterior, provávelmente devido ao fato de ficar boa parte do dia sentada e também não alongar de maneira correta depois da corrida. A musculatura dos ombros também esta bastante encurtada, apesar de ainda não ter sentido dores ou tensão nessa região. 
Tais encurtamentos, em grupos musculares responsáveis pela manutenção da postura, estão provocando desvios posturais.
Confesso que vinha deixando bastante a desejar com relação aos alongamentos, pois na maioria das vezes ou já estava muito cansada depois dos treinos ou com pressa.
Fui encaminhada para uma fisioterapeuta que realizou sessões de osteopatia, o que literalmente tirou a dor que eu sentia com a mão. Também me passou dicas e  posturas de alongamento. Algumas posições são bem desconfortáveis , pois os grupos musculares acometidos vão precisar no momento de longo tempo de permanência em alongamento e também ultrapassar o limite estático dos tecidos para suprir o encurtamento. Ou seja, dói e requer tempo. 
Apesar de não gostar, estou me esforçando para fazer tudo direitinho.Tenho esperança, que com o tempo, ocorra o mesmo que os exercícios de  fortalecimento muscular que odiava fazer,  mas que agora já fazem parte da minha rotina. 
Ainda terei algumas sessões de RPG pela frente. Tratamento fisioterapêutico que é um método de alongamento muscular ativo usado em alterações posturais.
Tudo por amor a corrida!

Voando baixo...

Mais uma corrida de 8km aqui em Passo Fundo (RS).
Esta prova faz parte de um circuito de 4 etapas. Na  primeira não participei (ainda estava engatinhando nas corridas). A segunda etapa foi a minha estréia e  participei por insistência do marido, com o intuito de apenas me divertir, o que de fato aconteceu, mas surpreendentemente consegui o primeiro lugar na minha categoria com o tempo de 40'05.
Confesso que, apesar de ter achado que esse primeiro resultado não passava de sorte de principiante passei a me dedicar com mais afinco aos treinos. A evolução tem sido significativa, mas cabe aqui uma ressalva, ainda estou em fase de aprendizagem quanto ao momento de descansar, rsrs.
Durante a semana, acabei não reduzindo o volume de treino como deveria e para completar exagerei no treino de tiros na 5° feira. O resultado foi que, na 6° feira minhas pernas a todo momento me faziam lembrar do esforço da semana. A tardinha sai dar uma caminhada de uns 40 min. para ver se acelerava o processo de recuperação. No sábado pela manhã ainda tinha dores, então fiz um trote, de cerca de 30 minutos, bastante leve, o que contribuiu para relaxar a musculatura. Ficou a lição de organizar melhor os treinos nas semanas em que tenho provas programadas, para dar tempo do corpo estar plenamente recuperado.
A prova desta 3° etapa aconteceu às 9h. do domingo. O percurso, o mesmo da etapa anterior,  saiu da Av. 7 de Setembro (no Centro da cidade) seguiu pela av.Presidente Vargas até o Estádio Vermelhão da Serra, onde retornávamos, sendo a chegada no Parque da Gare.
Na largada, acabei ficando um pouco para trás, mas não perdi o contato com as primeiras colocadas. No 3°km estava me sentindo cansada, no entanto, conseguindo manter um bom ritmo. Começou então a famosa subida do "Vermelhão da Serra" e pensei "se já esta difícil, agora vai ficar bem pior". Porém o que percebi foi os demais corredores diminuindo o ritmo enquanto o meu parecia inalterado. Passei uma corredora (mais alguns corredores, rsrs) e já estava na cola de outra quando, um amigo, que estava retornando, deu um grito de apoio. Eu, que ainda estudava a possibilidade de dar o bote, acordei e tratei de ultrapassar a garota, rsrsrs.
Alguns metros depois já havia o retorno. Com a prova se aproximando do final, a sensação de cansaço simplesmente foi embora (vai dizer que o psicológico não influência...).

Minha mini treinadora!

 Minha filha vibrando perto da linha de chegada é sempre minha maior realização, e de longe já podia ouvi-la gritando:" Mãe você é a segunda!!!".
Ao cruzar a linha de chegada recebi um abraço da corredora que ganhou a prova. Ela veio me cumprimentar por que soube que  havia começado a me embrenhar na corrida a pouco tempo e queria parabenizar pela conquista. Fiquei comovida com o gesto.

 

O tempo da prova foi de 37'14. Em 3 meses reduzi cerca de 3 minutos !!!

Tenho plena consciência  de que, daqui para frente, a melhora nos tempos já não será tão grande, mas a minha motivação... AH!! Essa só aumenta a cada dia, rsrsrs.
Quanto as dores que relatei no post anterior esta descartado "Síndrome de Piriforme" parece ser algo no glúteo máximo e não ter mesmo muita relação com a corrida, de qualquer forma até quarta-feira terei o diagnóstico completo, mas como não houve restrição a prática de atividades, tudo me leva a acreditar que não seja nada sério.

Séria mesmo era a carinha da minha filhota analisando o troféu e questionando:"Mãe é melhor tirar o 2° lugar no geral do que tirar o 1° lugar na categoria, né?!!"

 

 

Amizade...prova...consulta...MISCELÂNIA!

Na última prova em que participe muito além de ter conseguido um bom tempo e estímulo para continuar treinando forte, acabei conquistando algumas amizades.
Não tinha o hábito de correr acompanhada e confesso que sou bastante introspectiva e adoro ficar sozinha com meus pensamentos, mas ter companhia vez ou outra para correr tem sem mostrado altamente estimulante.
Primeiro, por que, as pessoas que conheci correm a  mais tempo e tem uma boa experiência. Segundo, por que tendo companhia consigo me aventurar pelas ruas, mesmo a noite, reduzindo assim meus enfadonhos treinos em pista.
Os longos do final de semana, que sempre foram meus treinos favoritos, agora ganharam sabor especial. No último, estavamos em cinco pessoas, o percurso em estrada de chão, bem retirado da cidade, foi uma grande novidade para mim.
Nada de barulho de carros, cheiro de monóxido de carbono... só o cheiro de mato, barulho de conversa animada, e da respiração (nas inúmeras subidas, rsrsrs).
Fazer amizade com pessoas que também praticam corrida me faz não ser chamada de louca no meio de uma conversa quando comento que sai para correr 20km em uma manhã gelada de domingo,rsrsrs.

Mudando um pouco de assunto... estou inscrita para partcipar de uma rústica de 8 kms neste final de semana , a estratégia é sair rápida e chegar mais rápida ainda, rsrsrs.
Porém entre eu e esta prova... bem no meio do caminho, tem uma pedra, ou melhor uma consulta. Explico... há cerca de um mês comecei a sentir uma dor no glúteo direito, a impressão é de  que era de ficar muito tempo sentada, algo que meu trabalho me obriga. Durante a corrida e mesmo quando estava me movimentando, a dor desaparecia, mas com o passar do tempo foi aumentando e ficando mais persistente. Só depois de uns 10 dias me rendi ao antiflamatório, a dor passou porém, a felicidade durou pouco, cerca de 3 dias depois retornou
Procurei orientação com uma amiga fisioterapeuta e depois de uma avaliação ela relatou que pode ser piriforme (síndrome de piriforme), mas achou melhor me encaminhar para uma avaliação mais precisa, o que esta agendado para esta semana.
Espero voltar por aqui logo com BOAS NOTÍCIAS.

Minha estréia em Meia Maratona!

Nem sei como descrever a sensação maravilhosa que foi minha primeira corrida em meia maratona...
Me surpreendi! Fiquei "hiper mega super endorfinada"! Me apaixononei pela distância. Simplesmente ADOREI!
Deixa eu tentar começar do início, rsrsrs.
A prova estava  programada para iniciar as 8:30h. da manhã. Como já tinha retirado o kit no dia  anterior, cheguei apenas uns 15 minutinhos antes para dar uma aquecida. Estava nublado e a  temperatura em torno de uns 16°C, ou seja, muito favorável.
A largada atrasou uns 10 minutos. Antes da meia maratona teve a largada da rústica de 5 kms e não pude deixar de ficar surpresa com a quantidade de participantes para as duas provas.

Durante a semana estava preocupada em como proceder no percurso. Sabia que o trajeto tinha algumas elevações, sendo duas as que mais me preocupavam. Uma com 5 kms de prova (quando ainda estaria descansada), outra com 15 kms (quando já poderia estar sentindo um pouco mais o esforço) sendo esta  bem extensa. De acordo com algumas dicas, que recebi aqui no blog, pensei em não forçar muito no início e depois da segunda elevação, se sentisse que ainda tinha pernas, tentar forçar um pouco mais.
No entanto, porém, de qualquer forma...rsrsrs.
Como o Eduardo ja havia me alertado, é difícil segurar o ritmo no início quando todo mundo sai a millhão. Até achei que estava conseguindo ser contida, pois só conseguia ver o pessoal me ultrapassando, rsrsrs.
Tinha prometido não ficar olhando o relógio o tempo todo, mas no km2 resolvi conferir e vi que o pace estava em torno de 4'55. Levei um susto e procurei baixar por que achei que assim não ia aguentar.
Na primeira grande elevação foi tudo muito tranquilo. Recuperei várias posições. Ainda assim a prova, num geral, estava muito rápida. Fiquei achando que uma hora o pessoal fosse ter de dar uma acalmada e não é que isso NÃO aconteceu, rsrsrs!!!
Fechei os 10kms com 50'10.  Ainda num ritmo forte para meus padrões de iniciante, mas como estava me sentindo bem, resolvi deixar assim mesmo.
No Km 12 avistei minha EQUIPE DE APOIO e renovei as energias. A partir dali a impressão que tive é de que a cada Km. estava melhor e mais animada, a terrível subida dos 15kms me fez reduzir um pouco o ritmo mas, não conseguiu me tirar o fôlego, pelo contrário, quando sai dela pensei:" A parte mais difícil já foi, agora posso acelerar sem medo."
No km18 uma certa nostalgia me abateu, agora só faltavam 3kms... não queria que acabasse... olhei o relógio e vi que marcava 1h'33m e lembrei que o André comentou no blog dele, que eu tinha condições de concluir a prova abaixo de 1h'50m. Confesso que quando li fiquei imaginando que seria ótimo porém, pouco provável, já numa primeira prova. Então ali, no km 18 aquele comentário soou como uma buzina nos meus ouvidos. Coloquei a 5° marcha e fui avisando "Isso aqui esta muito bom pessoal, mas sai da frente que vou tentar meu sub 1h'50m". rsrsrs.
Dei uma forçada e consegui fazer algumas ultrapassagens. Esses kms finais voaram. Procurei, como aliás fiz em toda prova, não ficar conferindo o relógio a todo momento, o que eu queria mesmo era me concentrar na minha sensação de esforço, curtir a prova  e chegar bem.

Nos metro finais.

Cruzei a linha de chegada tão feliz que quase não cabia em mim.
E o tempo???!!! 1'48:42 para 21,096Kms.
Até agora não acredito.
Esta é uma prova tradicional aqui na cidade, esta na 20° edição e é  alusiva as comemorações  da semana do município, achei muito bem organizada.
Teve premiação em dinheiro para os  5 primeiros colocados, tanto no geral como nas suas 13 categorias. As categorias femininas sairam prejudicadas pois eram apenas três. A minha, por exemplo, ia dos 26 aos 40 anos. Porém com a participação cada vez maior das mulheres a organização prometeu mudanças para as próximas edições.
De qualquer forma, fiquei em 5° lugar na minha categoria o que me rendeu medalha e um prêmio em dinheiro.
Fiquei me achando total...

A mais empolgada no pódio.

Quando fui retirar o prêmio em dinheiro estavam lá  outros corredores  também recebendo a premiação e grande parte deles sequer conseguia caminhar direito. Fiquei impressionadissima com aquelas cenas.
Eu estava ótima, de qualquer forma  pensei que  uma hora as dores pelo corpo poderiam dar as caras...Que nada! Tive um pouquinho de dor nas panturrilhas que com um bom alongamento sumiram.
E ontem estava me sentindo tão bem que já voltei aos treinos, 9kms de trote regenerativo, rsrsrs.
Obrigada a todos que ficaram na torcida!

Eu e minha filhota antes da largada.

André não posso deixar de comentar que adorei uma frase sua a qual lembrei várias vezes durante o percurso:  "A corrida é o esporte mais honesto do mundo. Ela lhe dá o que você treinou."
Então pessoal... "Bora correr"!!!!

Esta chegando a hora...

Vai ser neste domingo minha estréia numa meia maratona, confesso que estou bastante ansiosa.
Nas últimas semanas os treinos foram ótimos, mas apesar de estar ciente de ter feito uma boa preparação um certo receio me invade cada vez que penso nessa prova. Fico me sentindo ousada demais por ter começado a correr do zero a cerca de 8 meses e já estar tentando uma meia maratona.
Pra variar não tenho nada planejado para esta prova, hoje corri 14 kms em pace de 5'09 seria um bom ritmo mas não vou me impor nada, tudo vai depender do dia e de como estiver me sentindo no momento (bem coisa de amadora, o que de fato sou, rsrsrs).
Nos próximos dias só treinos leves e curtir esse momento de excitação que antecede um bom desafio.

Equipe de apoio!

Na semana passada minha chefe veio me comprimentar pelo "feito" na última prova  e comentou que não era só minha dedicação a corrida que a deixava impressionada, mas principalmente o quanto minha família (no caso marido e filha) se envolvem com tudo isso. Não que eu não tivesse me dado conta, mas o que ela disse ficou martelando na minha cabeça...
Minha rotina de trabalho, como a de muitos, não é fácil, não trabalho na mesma cidade em que resido, então só o deslocamento me faz perder umas 2hrs e meia (muitas vezes até mais) por dia. Como minha filha ainda é pequena, não tenho parentes por aqui e o expediente do marido só encerra as 20h. é normal ter de levar ela junto nos treinos a tardinha ou então, como tem acontecido agora no inverno, em que escurece muito cedo e o frio aperta, meu marido prontamente tem se escalado para buscá-la na escola e ficar com ela no trabalho até que eu conclua o treino.
É a maneira com que temos nos organizado, e nunca houve reclamações, pelo contrário os dois incentivam um monte, têm curtindo muito o clima das provas e vibrado a beça com os resultados. Fiquei então pensando que tem de haver um motivo para isso...e acho que descobri! Além de eu ter assumido uma postura mais saúdavel no meu dia a dia, meu humor mudou desde que comecei a correr, sou bastante ansiosa e não que tenha me transformado num cordeirinho, mas percebo uma postura diferente diante de coisas que antes me tiravam totalmente do sério, sem contar que minha agitação foi em boa parte canalizada para corrida, durmo mil vezes melhor agora, o que me torna infinitamente mais bem humorada e disposta no dia a dia. Ansiedade, stress, esofagite, gastrite, dermatite tópica, asma??? Nem um sintoma a meses. Tem tudo a ver com a corrida. Minha família muito provavelmente percebeu essa mudança e o quanto estamos ganhando todos com isso.
Para mostrar que eles são mesmo a minha EQUIPE DE APOIO... no domingo que passou resolvi tentar um percurso diferente para o meu longo, sendo que uma parte do trajeto seria feito numa perimetral, meu marido questionou senão era um pouco perigoso ir sozinha, falei que não se preocupasse, o lugar é movimentado e estaria armada do meu celular, rsrsrsrs. Sai cedo, a filhota ainda dormia, maior friozão. E não é que quando estou me afastando da cidade vejo um carro conhecido parar a frente...minha EQUIPE DE APOIO toda animada, aguardava para literalmente me ESCOLTAR.
                                                 Essa minha dupla não tem preço!!!!

Mais uma prova!

Na semana que passou os treinos foram um pouco mais leves. Um deles inclusive, teve de ser cancelado pois precisei levar a filha ao pediatra, menos mal que era apenas uma gripe forte, por aqui anda um surto enorme de gripe A, então todo cuidado é pouco.
O treino habitual de sábado foi reduzido pois decidi fazer uma prova  de 10kms no domingo, então tinha que me poupar um pouco, mesmo assim não resisti a dar uns tiros no final e fiquei surpresa com a queda nos tempos, o mais legal é que é sempre minha filha que marca os tempos e quando acabei o primeiro tiro ela vibrava muito:" Mãe vc baixou 6 segundos!!!" Algumas pessoas que estavam por perto acharam o máximo a empolgação dela, daquele tamanho já sabe que uma queda de 6 segundos em um percurso de 400 metros é significativo, rsrsrs.
Venho percebendo o quanto, em pouco, tempo a corrida passou a fazer parte fundamental da minha rotina. No domingo, costumo levantar cedo, para me organizar para o "longão", mas dessa vez não teve longo e a prova era só a tarde, então, pela manhã, estava que nem uma barata tonta, perdida em casa, esperando todo mundo acordar, sem saber muito bem o que fazer, louca de vontade de colocar as pernas para correr.
A prova de 10km era em Marau (RS), cidade distante apenas uns 25km de onde moro, era a 3° Etapa Estadual do Sesi Corridas de Rua, tudo muito bem organizado, só o horário era meio estranho...15hr. Mas como essa semana voltou a esfriar, até que não foi tão ruim.
O trajeto é que era uma verdadeira pedreira, logo no 1°km uma elevação de 50 mts.
Dessa vez, surpreendentemente não fiquei para trás na largada, consegui imprimir um ritmo forte desde o início, por várias vezes pensei que naquele ritmo e com todo aquele sobe e desce meu gás não ia tardar a teminar, mas resolvi arriscar uma tática meio suicida, que consistia em dar o máximo até que pudesse.
Por volta dos 6kms forcei um pouco e consegui algumas ultrapassagens estratégicas, bateu um pouco de desespero quando percebi que os últimos 2kms eram em aclive e que minhas concorrentes não estavam muito atrás, ou seja, não podia vacilar. Procurei mentalizar que quanto mais rápido corresse mais rápido chegaria, rsrsrs. Cheguei verdadeiramente extenuada, mas deu certo! Novamente 1° lugar na categoria (35-39) e 6° lugar no geral.
Fiquei muito feliz com o resultado, sinal de que os treinos estão no caminho certo.
Agora é se preparar para Meia Maratona que vai ter aqui em agosto.
"Bora correr!!!"

Longão...

A semana  que passou foi tomada por uma série de contra tempos, tanto no trabalho como em casa (empregada entrando de licença, outra substituindo). Para ajudar tive na metade da semana uma virose com direito a febre, dor no corpo e todos os demais inconvienientes que nem merecem ser relatados, mas nem isso foi capaz de atrapalhar os treinos. A planilha foi seguida a risca com os quatro  treinos da semana mais o longão de domingo que totalizaram 58 kms.
O longo de domingo foi um caso a parte. O percurso eram 11kms (ida e volta somando 22km) o trecho é uma estrada razoavelmente tranquila nos finas de semana e cheia de ladeiras.
Eu já estava quase recuperada da virose, mas ainda me sentia um pouco fraca e sabia que tinha que caprichar na hidratação.
O maridão resolveu  me acompanhar nesse treino o que me deixou feliz e  receosa ao mesmo tempo, pois o maior percurso que ele já tinha feito correndo até então era de no máximo uns 15kms. Além do mais tem treinado praticamente nada. Deixamos minha cunhada de prontidão, caso fosse necessário algum resgaste, rsrsrs.
Começamos o treino já eram 9hr. da manhã o que foi um erro, pois estava quente e muito seco.
O Marcelo impos um ritmo forte desde o início o que me obrigou a forçar para poder acompanhá-lo. Além das enormes ladeiras, na ida, tinhamos o  vento contra, mesmo assim completamos os 11 kms em 55 minutos.
Paramos para nos hidratar e fiquei só observando ele cheio de energia e todo entusiasmado. Eu estava bem, mas confesso que fiquei me questionando se aguentaria o mesmo ritmo na volta, o que me consolava é que o trajeto agora seria um pouco mais fácil, afinal pra baixo todo santo ajuda, rsrsrs.
Retomamos e logo ele  avisou que depois de mais alguns quilometros podiamos tentar apertar o ritmo para etapa final. Nem tentei argumentar... me limitei a fazer um aceno afirmativo com a cabeça (já procurando economizar energia, rsrsrs) e pensei: "Que Deus me ajude!!!"
Mas essa animação toda durou no máximo mais 3 kms, comecei a perceber  que a expressão dele foi se alterando até que ouvi: "Pode continuar correndo, vou ter de caminhar um pouco."
HÃ???? E o sprint final???? Acabou o gás!!!
Diminuimos o ritmo e ele foi alterando periodos de caminhada e trote, mas chegou... não precisou ser resgatado, rsrsrs. Não tripudiei, pelo contrário, exaltei o fato dele ter concluido o percurso.
Confesso que em alguns momentos cheguei a pensar: " Puxa vida! Eu treino  tanto e esse cara vem aqui me ditar ritmo. O que será que estou fazendo de errado?" Na volta ficou claro que não havia nada de errado, sem treino é pouco provável que se tenha resistência.
Conclui a segunda etapa do percuro em 1h.1min., apesar de o trajeto ser mais fácil , o calor apertou ( quem diria temperaturas de 24°c em pleno inverno do sul) o vento, que poderia ser um aliado, sumiu, eu chegava ficar feliz quando via um caminhão na estrada, por que o deslocamento de ar que ele provocava ajudava a dar uma refrescada.
Esses treinos mais longos tem sido a minha alegria, fico lembrando de quando corria 5kms e depois dormia quase a tarde toda pra me recuperar. Agora, apesar de acabar o treino cansada, quando muito me permito uma cochilada de meia hora a tarde que é pra não atrapalhar o descanso da noite. E  melhor... no outro dia já estou zerada pra correr de novo, rsrsrs.
Daqui exato 1 mês haverá uma meia maratona aqui na minha cidade então os treinos estão voltados para essa prova, o objetivo é concluir bem, acabar inteira e feliz, o tempo vai ser uma consequência, até essa prova talvez  ainda faça uma de 10 kms.

Resumo...

Vamos ao resumo do que ocorreu no fim da semana passada...
Sexta-feira consegui, a tarde, escapar um pouco mais cedo do trabalho, estava frio (pra variar) e chovendo. Ao lado da pista em que costumo treinar tem uma rua  bastante movimentada, algumas pessoas chegavam parar  para me ver correr (com certeza devia parecer uma louca, rsrsrs). Tinha programado um treino intervalado para este dia, não saiu bem como programado, uma vez que tive que tomar cuidado com a pista que estava molhada, mas adorei mais uma vez a sensação de treinar na chuva e de ter a pista só pra mim, rsrsrs. Além da diversão, mais 10.500Km para a planilha.
No sábado deixei para treinar a tarde, e foi bem acertado, pois apareceu um solzinho e o clima ficou mais ameno, foram 12 km num trote gostoso.
No domigo acordei cansada, pois tinha ido dormir muito tarde na noite anterior, não me pressionei, levantei com calma, tomei meu café e sai só as 9:30h sem muitas pretensões foram 17km na rua, com direito a muita ladeira, em 1h'35m.

VOU...VOU...

Ontem madruguei... pensei em sair logo pra correr, mas ainda estava muito escuro e uma neblina espessa cobria a cidade. Fiquei fazendo hora, tomando um café, até que lá pelas 7 h. me animei. Aqui no Rio Grande do Sul, nesta época do ano tem de ter determinação para sair correr. Dias muuuuito curtos, vento, umidade e friooooo!!!
Meses atrás, falei para o meu marido, que se não parasse de correr no inverno, então dificilmente algo me faria desistir depois... o inverno esta só começando, mas no início deste mês já enfrentei treino com temperatura de 2°C e sensação térmica de "só Deus sabe".
O difícil sempre é sair de casa, depois que começa a atividade não tenho mais vontade de parar... já criei uma tática para não boicotar os treinos, simplesmente não penso...VOU! Tem um monte de coisas em casa por fazer? VOU... depois penso como dar conta. Está frio? Estou cansada? Estou sem vontade? VOU...VOU...
Quando o treino acaba é sempre aquela sensação boa de bem estar, de ter me dado um presente. Experimento sensações até então desconhecidas...percebo como meu corpo reage diante de diferentes estímulos.
Ontem no início do treino, minha frequência cardíaca estava um pouco mais alta, já percebi que isso  acontece quando esta muito frio, acho que talvez seja até o corpo aquecer, por que depois de alguns minutos ela normalizou e se manteve assim durante todo treino. Foram 13.100km em 1hr e 10m. Voltei para casa oxigenada, endorfinada (como diz o André) e mais do que animada para encarar minhas atividades do dia.

Passo Fundo escondida pela neblina.

Pós prova...

Mesmo estando acostumada a percursos longos , fiquei com as pernas bastante doloridas depois da prova de 8km, o que me deixou um pouco espantada pois não lembro de ter sentido isso nem quando comecei a correr.

Ontem a tardinha, fui correr em uma pista ,chamada "Pista do quartel" pois pertencia a um antigo quartel que existia aqui na cidade, é um percurso pequeno, de uns 350 mts, e apesar de ser um pouco enfadonho ficar dando voltas e mais voltas no mesmo lugar, frequento muito o local pois tem sempre bastante pessoas praticando atividades, é seguro, e geralmente no final da tarde preciso levar minha filhota junto, então ela fica por lá brincando enquanto eu posso correr e ficar de olho nela ao mesmo tempo. Continuando... ontem estava com as pernas um pouco doloridas e resolvi fazer um trote em ritmo bem leve, um senhor que também é frequentador assíduo do local, veio me comprimentar pela prova. Nunca havia conversado com ele, perguntou se podia me acompanhar e emendamos uma conversa boa que fez o tempo voar, com muito mais experiência do que eu em corridas, acabou dando várias dicas. Contei sobre minhas dores e ele rindo me disse que é assim mesmo, nos treinos a gente procura sempre fazer o melhor, mas em uma prova o rendimento tende, em geral, a ser maior pois você esta naquela adrenalina e acaba forçando mais. Acho que ele tem razão...

No início da prova eu estava com frio, a temperatura até que não era das piores para essa época do ano, em torno de uns 12°c mas o vento estava terrível e tornava a sensação térmica muito baixa. Quando foi dada a largada a impressão que tive é de que todos foram e eu fiquei, rsrsrs. Todo mundo me ultrapassando, eu procurando dar o maior gás mas parecia que não saia do lugar, mirei numa menina um pouco mais a frente e pensei, não posso perder ela de vista. Uns 3 kms depois, já aquecida, começou uma subida de cerca de 400mts, ai foi uma festa, ultrapassei várias pessoas, logo depois começou o retorno e percebi que ao contrário do que imaginava até então, não haviam muitas garotas na minha frente, isso me deu novo fôlego, parecia que tinha ligado as turbinas, rsrsrs. Fui acelerando cada vez mais, em pouco tempo ultrapassei várias corredoras,  e faltando 2 kms ainda pensei "vamos lá, dá pra fazer praticamente sem respirar", incrível como as pernas responderam de imediato. Para completar nos últimos 200mts enxerguei minha filha na beira da calçada saltindo e vibrando pra mim. Foi muito emocionante, nessa hora achei até que pudesse voar, rsrsrsrs.

Minha filhota tem apenas 7 anos e se já era minha grande incentivadora nos treinos, agora, depois do resultado, esta mais entusiasmada do que nunca. Ontem quando acabei meu treino ela reclamou:

- Mãe vc estava correndo muito devagar.

- Filha é assim mesmo, a  mãe esta se recuperando da prova.

Ela com cara de quem não estava convencida:

- Prefiro quando você corre rápido.

Essa minha treinadora não esta pra brincadeira, rsrsrs.

No cantinho da foto minha mini treinadora me dando aquele incentivo.

Primeira prova...primeira postagem !!!

Faz apenas 6 meses que comecei a praticar corrida, no início com sofridas voltas de 350 mts. que pareciam intermináveis e que faziam meu coração saltar pela boca, as quais eram intercaladas com caminhadas. Aos poucos fui adquirindo resistência, com muita persistência passei a aumentar gradativamente meus percursos, e a melhorar de modo significativo meus tempos. Lembro como se fosse hoje que quase chorei no dia em que consegui correr 10km. Pois agora os treinos estão cada vez mais intensos, os percursos só fazem aumentar e a vontade de evoluir segue cada vez maior.
 Neste último domingo participei da minha primeira prova, uma Rústica de 8kms em Passo Fundo (RS), cidade em que resido. Apesar de uma prova com infra estrutura limitada e poucos corredores, foi muito legal sentir o clima que envolve uma corrida. E para minha surpresa, logo na estréia consegui o primeiro lugar na minha categoria (26-39 anos), agora sim que ninguém me segura.

                                            

                                     

 Decidi que esse momento especial devia ficar registrado, assim como muitos outros relacionados a corrida que, espero, ainda virão. Por isso o blog ... um cantinho para deixar guardado todas as emoções que a corrida tem trazido para o meu cotidiano.